O custo do discipulado envolve ser capaz de seguir Jesus e confessá-Lo corajosamente!
Andar em direção a seguir a Cristo é tomar sobre si a cruz. “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz”. Ah, meus amigos… viver a vida cristã é algo mais do que um luxo passivo, é um sério empreendimento. E uma vida que tem que ser disciplinada em sacrifício. A vida de discipulado começa com a auto-renúncia e continua por meio da auto-mortificação.
Mc 8.34 – Após a primeira grande predição de sua morte e ressurreição (v.31), Jesus instrui no discipulado a todo aquele que QUER VIR APÓS MIM. O objetivo de negar a si mesmo (14.30-31,72) e tomar a CRUZ não é uma auto humilhação patológica nem um complexo de mártir, e sim estar livre para seguir o Messias (1.18; 2.13). Negar a si mesmo significa abrir mão de governar a si próprio (Sl 49.6-8) e substituir isso pela obediência e dependência do Messias.
Em outras palavras, o nosso texto refere-se à CRUZ não simplesmente como um objeto de fé, mas como um princípio de vida, como o emblema do discipulado, como uma experiência na alma.
Cristo nos deixou um exemplo para que sigamos os Seus passos. A obediência de Cristo deve ser a obediência do cristão – voluntária, não obrigatória, contínua, fiel, sem qualquer reserva, até a morte. A cruz. então, significa obediência, consagração, rendição, uma vida colocada à disposição de Deus. “Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me”. “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”.
Em outras palavras, queridos amigos, a cruz significa o princípio do discipulado, a nossa vida está sendo acionada pelo mesmo princípio que a de Cristo foi. Ele veio aqui e Ele não agradou a Si mesmo; nem mais eu devo. Ele se fez sem reputação, assim deve ser comigo. Ele prosseguiu fazendo o bem: assim eu devo fazer. Ele não veio para ser servido, mas para servir; assim nós devemos fazer. Ele tornou-se obediente até à morte e morte de cruz. Isso é o que a cruz significa:
Legalmente a cruz do calvário anulou e lançou fora a culpa, a culpa de nossos pecados; mas, meus amigos, eu estou perfeitamente convencido de que a única maneira de conseguir a libertação do poder do pecado em nossas vidas e obter o domínio sobre o velho homem dentro de nós, é por meio da cruz tornando-se uma parte da experiência de nossas almas! Foi na cruz que o pecado foi tratado legal e judicialmente. E apenas na medida em que a cruz é “tomada” pelo discípulo que ela se torna uma experiência, matando o poder e a contaminação do pecado dentro de nós.
E Cristo diz: “qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”. Oh, que necessidade cada Cristão tem aqui hoje: ficar a sós com o Mestre, e consagrar-se a Ele mesmo, para o Seu serviço!
Mc 8.35 – A declaração paradoxal de Jesus exige dois sentidos diferentes para a palavra “vida”: quem vive uma vida egocêntrica focada neste mundo (isto é, quiser salvar a sua vida) não achará a vida eterna com Deus (a perderá); quem renuncia à sua egocêntrica vida de rebelião contra Deus (perde a vida Jo 6.66; Is 64.6) por causa de Cristo e do evangelho achará eterna comunhão com Deus (a salvará; v.38).
Para um homem “negar a si mesmo” totalmente, deverá renunciar completamente sua própria sabedoria. Ninguém pode entrar no reino dos céus, a menos que tenha se tornado “como criança” (Mateus 18:3). “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!” (Isaías 5:21). “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (Romanos 1:22). Quando o Espírito Santo aplica o Evangelho em poder numa alma, é para “destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10:5). Um moto sábio para todo cristão adotar é “não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5).
Mc 8.38 – também o Filho do Homem se envergonhará dele. Jesus afirma ter autoridade divina no Juízo Final.
Mc 9.1 – Deixar de lado o egocêntrico governo de si mesmo (Mc 8.34) leva a vislumbre da glória futura (9.1-8), da mesma forma que a morte (8.31) e a glória (8.38) do Messias devem ser consideradas conjuntamente.
Estamos diante de uma realidade que só aqueles que conhecem o Deus verdadeiro entenderam, pois se trata de uma realidade espiritual (eterna) que influencia diretamente nossa realidade atual.
Que o Espírito Santo nos de discernimento para compreender e experimentar a ALEGRIA DE ESQUECER DE SI MESMO.
Creia que você não governa a si mesmo!
Creia que essa vida é passageira!
Reconheça ser Jesus o seu SENHOR E GOVERNADOR!
Pr. Fábio Emanoel